De pequenino…

A formação na infância tem influência no futuro desenvolvimento das crianças. Isto está comprovado cientificamente e fomenta, entre outros aspetos, um contínuo desenvolvimento de conceito pedagógicos, um pouco por todo o mundo. Os dois exemplos que nos vêm de Portugal e da Sérvia mostram como o multilinguismo e a multiculturalidade podem, neste contexto, estar em foco.

Alemão, português, espanhol, brasileiro e inglês: A lista da nacionalidade das crianças que frequentam o Jardim de Infância do Colégio Alemão do Porto (CAP) é longa. “É esta a razão pela qual nos denominamos um Jardim de Infância de Encontro”, esclarece Brigitte Obermaier Alves de Matos, diretora do Jardim de Infância, uma instituição que existe já desde 1926 – tendo sido inaugurado exatamente 25 anos após a abertura do CAP. Hoje em dia é frequentado por 144 crianças, divididas em oito salas.

A importância reside na língua

Apesar da diversidade cultural das crianças, há um importante denominador comum linguístico: mais cedo ou mais tarde, todas falam alemão. E isto acontece, mesmo apesar de 90% das crianças inicialmente não possuir qualquer conhecimento da língua alemã. O Jardim de Infância como objetivo uma formação e uma educação abrangente, no entanto, e devido ao grande número de nacionalidades, “o ponto pedagógico fulcral reside no campo linguístico-cultural e sociocultural”, segundo as palavras de Obermaier Alves de Matos. Assim, a língua alemã não é lecionada como língua estrangeira, mas como segunda língua. Isto significa que as crianças são, desde logo, confrontadas no seu dia-a-dia com a língua – a comer, a brincar ou a arrumar. Uma vez que muito e exercitado através do gesto e da mímica, rapidamente se associam emoções à língua. Especialmente importante são as regras bem definidas: “Seguimos criteriosamente o princípio ‘Uma pessoa-uma língua’”, esclarece a diretora, que, embora domine a língua portuguesa, só fala alemão com as crianças. “ As crianças sabem perfeitamente: com esta senhora falo alemão, com aquela português”. No entanto, e uma vez que a língua materna também deve ser fomentada, as duas línguas e as duas culturas são, frequentemente interligadas. No tradicional cortejo das lanternas são entoadas não só músicas de S. Martinho, mas também músicas alusivas às castanhas. Em Portugal é festejado neste dia o ‘Magusto’ – a festa das castanhas.

Diversidade é escrito com maiúscula no Porto e é desenvolvido junto das crianças uma sensibilidade para essa diversidade. “Queremos que a abordagem da diferença seja feita sem preconceitos e que se aceite a diferença. Este aspeto não se limita à língua e à cultura, mas também, por exemplo, às limitações físicas.”

O dia-a-dia

A frequência do Jardim de Infância é, para a maioria das crianças, uma condição para ingressar no 1º Ciclo do Ensino Básico no CAP. “A admissão de crianças no nosso Jardim de Infância depende do número de vagas existente no 1º Ciclo do nosso Colégio”, diz Obermaier Alves de Matos. A cooperação entre o Jardim de Infância e o 1º Ciclo é, por esta razão, muito estreita, os conceitos pedagógicos são articulados. No grupo de trabalho “Jardim de Infância & Primária” os professores do 1º Ciclo são integrados no trabalho do Jardim de Infância. De seis em seis semanas, os futuros alunos têm acesso a diferentes ofertas formativas quer sejam, por exemplo, formação intensiva da língua ou formação psicomotora. “Após este programa, as crianças conhecem os professores e os professores as crianças”, acrescenta a diretora. Para além deste aspeto, os alunos do último ano do Jardim de Infância visitam os alunos do primeiro ano do 1º Ciclo e organizam, igualmente, uma festa do desporto em conjunto. “Nós temos uma estreita articulação”. Isto é importante uma vez que o Jardim de Infância é a primeira instância de formação destas crianças. Aqui é colocada a primeira pedra do seu desenvolvimento futuro.

A Prof. Dr. Yvonne Anders, da Freie Universität em Berlim, apoia-se em estudos comparativos internacionais que comprovam a influência da qualidade pedagógica de instituições pré-escolares até à idade adulta. As crianças não adquirem propriamente, através da frequência de uma boa instituição, uma ‘empurrão na inteligência’, trata-se muito mais de terem tido a possibilidade de desenvolver competências e o gosto pela aprendizagem. “As crianças conseguem desenvolver capacidades específicas que conduz a que tenham um melhor início na escola e nos estudos.” Na generalidade possibilita que “estes efeitos iniciais se possam desenvolver e progredir ao longo do tempo”, prossegue a investigadora. Os educadores têm, neste âmbito, um papel especialmente importante. Pois, a par de diferentes dimensões qualitativas, “a qualidade das interações diretas entre o pedagogo da infância e a criança” é decisiva para o impacto positivo de uma frequência num Jardim de Infância.

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